Ok, disso eu já sabia, mas tive a plena certeza segunda-feira dessa semana, enquanto discutiámos sobre o caso do menino que supostamente matou a família e se suicidou (Nessa altura do campeonato, a polícia não sabia muita coisa sobre as mortes).
Estávamos em sete ou oito pessoas na redação, claro que sete ou oito cabeças pensam melhor que uma. Nos colocamos então, a pensar sobre as possibilidades das mortes. Crime passional, vingança, queima de arquivo e outras mil coisas foram cogitadas. Chegamos a conclusão de que algo na história não se encaixava completamente. Já na Terça-feira , voltamos ao mesmo assunto, agora com mais detalhes sobre o caso, tentamos traçar o perfil psicologico do garotinho. Psicopatia, disturbio ou qualquer coisa que justifique o que aconteceu. Reconstituição mental da cena do crime. Horas aproximadas. E a frase que ecoava em nossas cabecinhas pensantes: "Mas qual seria o motivo para cometer um crime tão barbáro?" Na Quarta, começamos a concluir o inquerito que nós mesmos instauramos. E alguém soltou a frase: "Se nós estamos quebrando a cabeça para encaixar as peças dessa história, imagine a polícia!"
Algumas (muitas) perguntas ainda estão sem respostas. Claro que o papel de nós, comunicadores, é transmitir a informação correta à sociedade. Mas ainda sim, precisamos ir além do comunicar e nunca esquecer que o jornalista precisa ir sempre além do fato.
Algumas (muitas) perguntas ainda estão sem respostas. Claro que o papel de nós, comunicadores, é transmitir a informação correta à sociedade. Mas ainda sim, precisamos ir além do comunicar e nunca esquecer que o jornalista precisa ir sempre além do fato.